Mais uma de Buenos Aires... E, desculpem queridos leitores, mais uma de um casal de turistas. Não tem jeito, a capital portenha é muito convidativa aos enamorados! Bem, segui minha busca a outros cafés. Novas experiências. Conhecimentos. Amigos. E, como não podia deixar de ser, novas histórias.
Coisas interessantes acontecem quando se está viajando e atento a tudo que acontece à sua volta. Dessa vez, estava em um café, dentro de um shopping na Calle Florida. Um lugar muito interessante. Cheio de gente. Aliás, a cidade toda estava assim. E, como já comentei, a maioria dos turistas eram meus co-patriotas. Estou eu lá. Quietinho. Quando vejo um jovem e belo casal com sua filmadora.
Num primeiro momento, imaginei que fossem os mesmos do dia anterior. Mas não eram. Outros dois. Paulistanos. Não estavam sentados à mesa. Estavam caminhando pelo espaço. Filmando tudo. Comentando. Mostrando as lojas. Nessa andança deram de cara com... Os “três reis magos”. Isso mesmo. Como ainda era época de festas o centro comercial mantinha sua decoração de natal.
Uma árvore enorme e um teatro com atores interpretando os reis magos. Diferente, né? Ao passarem filmando a pequena encenação um dos reis, chamou a atenção. Ele acenou, fez o símbolo do coração com as mãos e mandou beijos. Os brasileiros adoraram a interação e continuaram seu caminho.
Mais à frente cruzaram com o segundo “rei mago”. Este foi mais incisivo. Acenou. Chamou-lhes para perto. E engatou numa gostosa conversa:
- De onde vocês são? – indagou o artista argentino.
- Brasil!
- Brasil?! – Perguntou com grata surpresa
– Baltazar! Baltazar!
Atendendo ao chamado veio até o pequeno grupo, Baltazar. Era justamente aquele primeiro que se manifestou. Veio meio cabreiro. Desconfiado. Conversou um pouco. Até a jovem falar:
- Vai aparecer no Brasil!
Baltazar entendeu de imediato que seria algum programa. Que passaria na TV. No mesmo instante se animou. Mandou beijos. Abraços. Pediu caipirinha. E, por fim, lembrou a seus amigos que em fevereiro viria encontrar os “brazucas”.
Uma simpatia. Eu, de longe, no meu espaço, fiquei imaginando o que teria feito com que Baltazar relaxasse. Seria encontrar brasileiros e poder conversar um pouco? Talvez. Mas optei por outra hipótese: Baltazar estava enfeitiçado pela câmera. É impressionante o que um aparelhinho desses é capaz de fazer com o ser humano. O poder que ele exerce.
Acho que o simples fato de se imaginar aparecendo na televisão ou no cinema, ou seja lá onde for, tornou Baltazar receptivo e interessado. Tão interessado que falou por muitos minutos. O casal precisou interrompê-lo. Despedir-se. Sair devagarzinho. À francesa. Desligaram a câmera e, ai sim, sentaram-se para um delicioso cafezinho. Tem jeito melhor de acabar um dia de passeio?
Mariana Primi Haas - MTB 47229
Janeiro/2009
7 comentários:
Oi, Amiga! Atendendo ao seu pedido, vim ver como vc estava e tomar um cafezinho. Dias corridos estes, não é?... Sim, diante de uma câmera, quase todo mundo se transforma. Alguns ficam tímidos, outros viram verdadeiros artistas (rs!)...
Beijos eum bom ano pra vc!
HEHEHE... POSSO NÃO SER O BALTAZAR, MAS ADORO TANGO, CAFÉ, CÂMARA, AÇÃO.
GOSTEI MUITO.
E o café da manhã em Buenos Aires..., hum..., os docinhos, o doce de leite, o café... Depois comer um filé com papas fritas e um alfajor da Havana. Depois voltar para o hotel...
Mas brasileiro é fogo, performance de Rei Mago em Buenos Aires???
Mas para nós leitores, ainda bem que esse cafezinho é receptivo, disponível, sempre encontrando histórias interessantes para contar.
Cafezinho, todo mundo está querendo fazer uso daqueles 15 minutos de fama,como preconizava Andy Warhol.
Esse passeio tá dando o que falar...
Abraços e um bom dia!
com açucar que eu num sou diabético...kkkkkk. Querida, gostaria muito de fazer contato por e-mail contigo para uma possível parceria num texto teatral...Seria sobre a velhice, vc tem alguma coisa escrita...Besos. Desculpe a forma, é que sou analfabeto virtual....clira@uol.com.br
Tá faltando cafezinho na rede.
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