Adoro cachorros, eles é que não gostam muito de mim... Ao menos nunca vi um me experimentar. Talvez seja por não terem necessidade de se esquentar com algo externo ou, ainda, não precisarem refletir e, muito menos, de um motivo para encontrar os amigos.
Nada disso, os cachorros se encontram quando dá, na vida, se reconhecem apenas por já terem sentido aquele mesmo cheiro em algum pipi na rua. Assim, imagino, que eles se olhem e digam: você é o dono do pipi da rua tal? Ou então: seu dono precisa limpar sua sujeira, sabia?
Mas voltando ao assunto. Dia desses, duas moças se sentaram – lá em casa – para papear, trocar uma idéia, um plá, sabe como é, quando duas mulheres se juntam para conversar a conversa vai longe, elas até esquecem onde estão. Parece que o tempo do relógio pára só para as duas conversarem. Impressionante.
As duas estavam com seus cachorrinhos, seus pets, duas coisinhas lindas. Haviam vindo do banho. Estavam cheirosos, escovados, de hálito limpo. Pareciam dois bichinhos de pelúcia vivos. Mas não eram. E os bichinhos começaram a brincar, como se fossem crianças, uma graça.
Todos que entravam paravam, mexiam com eles... Quer felicidade maior para um cachorro que ser o centro das atenções?? Garanto que não há. Eu já voltava pela segunda vez, o dia estava tranqüilo. No entanto as duas moças – como ditas no início – se esqueceram dos dois bichinhos lindos e não notaram quando as coleiras de seus pets se enroscaram entre si e... Pior... Na mesa!
Mais especificamente no pé da mesa. Viemos todos abaixo: eu, o açucareiro, os celulares das duas, os copos d água, os biscoitinhos que me acompanham e, é claro, a mesa. Todos no chão. Eu virei uma poça escura e adocicada. Os cachorros – coitadinhos – se assustaram e sairam correndo.
Foi uma confusão. Uma corria e tentava acalmar os dois. A outra pedia desculpas e tentava levantar a mesa, limpar o chão, tudo de uma vez. Por sorte nada se quebrou, nem mesmo minha xícara. Fomos todos levantados e recolocados na mesa. Eu voltei recomposto, afinal meu lugar nunca foi no chão.
As duas e seus graciosos cães também se aprumaram. Dessa vez cada um deles foi amarrado separadamente e, por fim, elas conseguiram terminar sua conversa em paz e eu consegui respirar aliviado... Que dia!
Mariana Primi Haas - MTB 47229
Junho/2008
9 comentários:
"Levar insidiosamente o próximo a uma boa opinião de nós e, depois, acreditar piamente nessa boa opinião: quem consegue imitar nesta habilidade as mulheres?" Nietzsche. Qe impiedosa ess situação com o noso cafezinho, exatamente quando duas amigas se juntam para "papear"..nossa...e ele ainda foi relegado aos pets perfumados, escovados, cheirosos bichinhos de pelúcia "vivos" dos sonhos do inconscinte das "amigas" projetados naquele instante."As próprias mulheres, no fundo de toda a sua vaidade pessoal, têm sempre um desprezo impessoal - pela mulher."Nietzsche. Ao cafezinho nada de anornal,,,a experiências com a o cotidiano de "papos" de homens e mulheres..Mas um dia escreverá um livro
faltou mencionar q o xixi é o e-mail do cachorro! uahhahahahah
Esse café é mesmo muito observador e metido, mas é gostoso toma-lo mesmo que seja junto aos pets desastrados e suas donas atrapalhadas.
te imitei! hahahaah
Eu já tentei levar meu cachorro, um singelo labrador, para um café... Ele aguentou com um comportamento exemplar por volta de 10 minutos, depois... Foi só encontrar um outro cachorro que nosso programa foi pelos ares! Pelo menos não teve xícaras derramadas! Parabéns pelo blog. Beijo!
Derrubar um cafezinho tão gostoso no chão é um pecado. Coitado do nosso protagonista rs
Oi Mariana, muito bom. Parabéns!continue escrevendo.
Mas que cachorrada! Esse café tem muito a contar.desse jeito ele vai ter uma crise de stress! Como sempre você escreve com muita habilidade,fazendo com que visualizemos a cena. Sucesso!
Putz, que pena, derrubaram o cafezinho que não tem nada a ver com a atrapalhação...
Postar um comentário